Antes mesmo do lançamento da série Tremembé, do Prime Video, o nome de Cristian Cravinhos — um dos envolvidos no assassinato dos pais de Suzane von Richthofen — voltou a aparecer na Justiça. Cravinhos moveu uma ação judicial contra a Amazon, tentando impedir a exibição da produção, mas acabou derrotado na decisão.
O processo, movido por Cristian e sua defesa, alegava que a série utilizava sua imagem e trajetória sem autorização, violando direitos de personalidade e privacidade. No entanto, a Justiça entendeu que Tremembé se baseia em fatos de conhecimento público e histórico, e que o enredo é uma obra de ficção inspirada em acontecimentos reais, o que não configura uso indevido de imagem.
Decisão judicial
De acordo com a decisão, a Amazon tem liberdade artística para retratar fatos que fazem parte da memória coletiva do país, desde que não haja distorção intencional ou calúnia. Assim, o juiz responsável negou o pedido de indenização e de suspensão da série, destacando que a narrativa possui caráter jornalístico e cultural, protegido pela Constituição.
Contexto
A série Tremembé tem causado grande repercussão por dramatizar os bastidores da prisão e convivência entre figuras marcantes de casos criminais que chocaram o Brasil, como Suzane von Richthofen, Anna Carolina Jatobá e Elize Matsunaga.
Com o processo arquivado, a Amazon seguiu com o lançamento da obra, que rapidamente se tornou um dos títulos mais comentados do streaming. A decisão reforça o entendimento jurídico de que produções baseadas em crimes reais podem ser exibidas, desde que respeitem os limites éticos e legais da liberdade de expressão.


