Justiça decreta prisão preventiva de guarda municipal de Mossoró por “desprezo pela vida humana”

A Justiça do Rio Grande do Norte decretou a prisão preventiva de um guarda municipal de Mossoró, após entender que o agente demonstrou “total desprezo pela vida humana” em uma ocorrência que terminou com a morte de um homem durante uma abordagem. A decisão foi proferida pela 2ª Vara Criminal da cidade, que acatou o pedido do Ministério Público Estadual.

De acordo com as investigações, o guarda municipal é acusado de ter atirado contra um cidadão desarmado, durante uma suposta discussão em via pública. O fato ocorreu em Mossoró, no Oeste Potiguar, e chocou a população local pela gravidade e pela conduta considerada desproporcional do agente de segurança.

Fundamentação da decisão

Na decisão, a juíza responsável pelo caso destacou que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e a integridade do processo penal, já que o acusado exerce função pública e poderia interferir nas investigações.

“O comportamento do investigado evidencia desprezo pela vida humana e incompatibilidade com a função que exerce. É imprescindível a custódia cautelar para resguardar a sociedade”, afirmou a magistrada.

O Ministério Público argumentou que o crime foi cometido de forma fria e sem justificativa plausível, e que o guarda, ao agir daquela maneira, violou gravemente os princípios éticos e legais da função pública, que exigem proteção e respeito à vida.

Repercussão

O caso causou forte repercussão em Mossoró e nas redes sociais, gerando manifestações de indignação e pedidos de rigor na punição do acusado. Entidades de direitos humanos também se pronunciaram, reforçando a importância de responsabilizar agentes públicos que extrapolam o uso da força e colocam em risco a confiança da população nos órgãos de segurança.

A Prefeitura de Mossoró informou que abriu processo administrativo disciplinar para apurar a conduta do servidor e que ele foi afastado de suas funções enquanto as investigações seguem em andamento.

Próximos passos

Com a prisão decretada, o guarda municipal foi encaminhado ao sistema prisional do estado, onde permanecerá à disposição da Justiça. O inquérito policial segue em andamento e deve reunir novas provas e depoimentos de testemunhas.

O caso reforça o debate sobre o uso da força por agentes de segurança pública e a necessidade de medidas firmes contra excessos cometidos no exercício da função, garantindo o equilíbrio entre autoridade e respeito aos direitos fundamentais.

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