Vigília de apoiadores marca noite tensa após prisão preventiva de Jair Bolsonaro em Brasília

Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro realizaram, na noite de sábado (22), uma vigília nas proximidades do condomínio onde ele mora, no Jardim Botânico, em Brasília. A mobilização aconteceu horas depois de o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretar a prisão preventiva de Bolsonaro por tentativa de violação da tornozeleira eletrônica.

Oração, simbolismos e presença da família

O grupo se reuniu próximo ao balão do Jardim Botânico, onde iniciou uma série de orações conduzidas por um pastor local. Para simbolizar Bolsonaro, os manifestantes levaram um boneco de papelão em tamanho real com a imagem do ex-presidente, que se tornou o centro das manifestações.

A mobilização ganhou força com a chegada dos filhos do ex-presidente, Flávio Bolsonaro e Carlos Bolsonaro, acompanhados da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e do desembargador aposentado Sebastião Coelho. Vídeos publicados nas redes sociais mostram apoiadores chorando, abraçando Flávio e entoando frases como “Bolsonaro free”.

Vigília é citada por Moraes na decisão

Segundo a decisão do ministro Alexandre de Moraes, a convocação da vigília feita por Flávio Bolsonaro foi um dos elementos considerados ao decretar a prisão preventiva. O documento afirma que o senador teria “incitado adeptos” a se dirigirem ao condomínio, o que poderia dificultar a atuação da Polícia Federal e até favorecer uma eventual fuga, sobretudo diante da suspeita de que a tornozeleira havia sido danificada.

A Polícia Federal informou ao STF que a aglomeração poderia comprometer uma eventual operação de retirada do ex-presidente, além de representar risco tanto para ele quanto para os agentes envolvidos.

Violações da tornozeleira e explicações da família

Durante a manifestação, Flávio Bolsonaro comentou a tentativa do pai de abrir a tornozeleira eletrônica com um ferro de solda — fato confirmado em relatório da PF. O senador sugeriu que o ato pode ter sido motivado por vergonha ou desespero, negando qualquer intenção de fuga ou articulação da família nesse sentido.

Críticas políticas e discursos sobre liberdade

A deputada Bia Kicis classificou a ordem judicial como “exagerada” e afirmou que “criminalizar uma oração” seria inaceitável. Em tom crítico, comparou o momento político a “regimes autoritários”, citando a Coreia do Norte. Segundo ela, manifestações religiosas não representam ameaça à ordem pública.

A vigília prosseguiu pela noite com discursos emocionados, cânticos e manifestações de solidariedade. A figura de papelão do ex-presidente permaneceu como símbolo central das orações e protestos.

Ambiente político acirrado

A prisão preventiva ampliou o clima de tensão no cenário político nacional. Aliados do ex-presidente afirmam que a decisão do STF é abusiva e desproporcional. Já a Polícia Federal e o Supremo sustentam que a combinação entre a tentativa de violação da tornozeleira, o risco de fuga e a mobilização estimulada por Flávio Bolsonaro justificou a medida.

Organizadores da vigília afirmam que os atos devem continuar nos próximos dias, enquanto o país segue acompanhando de perto os desdobramentos do caso.

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